quinta-feira, 9 de maio de 2013

Só mais cinco minutinhos

Dos prazeres simples da vida.
 Só mais cinco minutinhos dormindo. Só mais cinco minutinho antes de sair do banho quentinho no inverno. Só mais cinco minutinhos no sofá vendo o programa de TV preferido. Só mais cinco minutinhos na internet...
Só mais cinco minutinhos se despedindo do namorado. Só mais cinco minutinhos no sol na folga do almoço. Só mais cinco minutinhos de conversa para acabar o assunto. Só mais cinco minutinhos ouvindo pela milésima vez a nova música que não sai da cabeça...
Só mais cinco minutinhos para terminar o jogo. Só mais cinco minutinhos cochilando no ônibus antes de chegar na universidade. Só mais cinco minutinhos pra revisar de última hora o conteúdo da prova que não foi estudado...
Só mais cinco minutinhos estourando plástico bolha. Só mais cinco minutinho de um abraço aconchegante. Só mais cinco minutinhos do teu corpo pesado junto ao meu. Só mais cinco minutinhos de uma massagem maravilhosa no final do dia...
Só mais cinco minutinhos para o nosso time poder virar o jogo. Só mais cinco minutinhos para ver se eu levo essa partida. Só mais cinco minutinhos de show para a minha banda preferida tocar mais uma música. Só mais cinco minutinhos para o último tchau no aeroporto.
Só mais cinco minutinhos de passeio para ter o cão mais feliz do mundo. Só mais cinco minutinhos pensando sobre o assunto que não sai da nossa cabeça. Só mais cinco minutinhos falando sobre ele. Só mais cinco minutinhos para tomar a saidera. Só mais cinco minutinhos para dançar a música preferida.
Só mais cinco minutinhos para decidir o que não foi decidido em uma reunião de uma hora. Só mais cinco minutinhos para terminar um livro maravilhoso. Só mais cinco minutinhos para a comida ficar no ponto. Só mais cinco minutinhos para tentar chegar a algum acordo.

De pequenos cinco minutos toda nossa vida é feita.


Sobre novas tecnologias e vinis

Ontem, li uma entrevista do vice presidente mundial da google, Hugo barra - por acaso, um mineiro- falando que os computadores estão sendo substituído por dispositivos móveis e que, provavelmente, no futuro faremos tudo com eles: viveremos cercados por telas.
Em países em desenvolvimento, como a índia, as pessoas já estão comprando tablets e smartphones antes de terem o primeiro computador pessoal. Eu acho esse tema especialmente interessantes porque meu telefone simples já está virando raridade e não penso em trocá-lo, mesmo com todas as seduções do mercado e dos tantos novos aplicativos que surgiram e prometem facilitar a vida.
Reluto e continuo usando o meu telefone simples, que faz aquilo que acho que ele precisa fazer: mandar mensagem e telefonar. Por enquanto, não vejo necessidade nenhuma de ter um super celular. Ao contrário, eles me assustam.
Me assusto quando estou em algum lugar jantando e conversando animadamente e olho para o lado e vejo um casal que mais parecem duas pessoas isoladas, pois cada um está absorto no seu telefone. Me assusta quando chego em uma festa e parece que as pessoas estão mais interessadas em dizer que estão na festa do que realmente estar lá.
Me assustam os sorrisos para a foto e o aparente desinteresse com a vida real, com as pessoas reais. É claro que é bom dividirmos o que gostamos com nossos amigos e conhecidos. Mas me preocupa quando o mostrar se torna mais importante do que o estar.
Sei que as tecnologias são importantes na vida da gente e acabam se incorporando para facilitar processos. Seria estranho se eu não soubesse disso, afinal meu irmão faz parte de uma empresa que desenvolve aplicativos para dispositivos móveis e fico encantada com as soluções criativas que podemos ter para tornar nossa vida mais confortável e fácil. Por exemplo, chegar em uma cidade desconhecida e não saber onde jantar e através de uma rápida pesquisa ver avaliações de outras pessoas sobre o melhor restaurante.
As tecnologias têm evoluído e fazem parte da nossa vida, eu sei. Mas às vezes ainda me recuso. Vi uma pesquisa em um programa de televisão que 50% das pessoas que participaram diziam que não ficavam um dia sem celular.
Para mim, enquanto estava trabalhando, depois de ficar um dia inteiro na frente de um computador, a última coisa que queria era me conectar a internet. Queria sossego, aproveitar outras coisas. Ficar sem celular ? Ótimo. Acho ótimo podermos desligar de tudo às vezes. Não é a toa que meu paraíso é na praia, que o celular fica em casa e a TV nem é ligada,  a fonte de informação é o jornal lido todos os dias de manhã, em meio às dificuldades trazidas pelo vento, e os livros roubam o tempo gasto na internet.
Respeito as novas tecnologias e acho que elas são inevitáveis, ainda mais na minha área de atuação, mas enquanto eu tiver escolha, vou preferir me desconectar um pouco. Vou continuar com meu celular sem internet e escrevendo cartas à mão.
O que me tranquiliza é saber que não estou sozinha. Em uma espécie de "palestra" que vi no sábado sobre vinis, o Márcio Grings trouxe dados de que a venda de vinis cresceu mais do que a de álbuns digitais, enquanto a venda de cds apresentou queda o ano passado nos Estados Unidos. Ainda tem gente querendo preservar alguns ricos costumes antigos.




Entrevista do Hugo Barra completa aqui: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticias/vice-presidente-mundial-do-google-mineiro-e-um-dos-homens-mais-poderosos-do-vale-do-silicio/
Reportagem sobre o crescimento da venda de vinis : http://oglobo.globo.com/cultura/venda-de-vinis-aumenta-142-mais-que-albuns-digitais-nos-eua-5542240

terça-feira, 7 de maio de 2013

Sicilia, la bella Sicilia

Olá :)
Como falei no último post, estou retomando um projeto antigo, que era ter escrito sobre algumas viagens que fiz quando estava na Itália.
Vou começar falando de dois lugares lindo que conheci na Sicília: Taormina e Siracusa.Esse é o mapa da Sicília e as indicações de onde eu estava (Palermo), para onde eu fui (Catânia) e as duas cidades que conheci nessa viagem (Taormina e Siracusa).


A Sicília é  maior ilha do mediterrâneo e tem uma história muito rica.  Ela foi dominada por gregos, romanos, vândalos, árabes e espanhóis, entre outros povos. Tudo isso traz uma cenário cultural diverso, em um lugar que já é lindo por natureza. 
Eu estava em Palermo fazendo intercâmbio quando decidi ir visitar a Catânia. Tinha uma outra intercambista de Santa Maria que estava lá e já tinha dito que o lugar para ficar era garantido. 
Saímos de Palermo às 16h de sexta-feira, eu e o Kevin, intercambista Twainês que fazia parte do mesmo projeto que eu. Por sorte, guardo todas as coisas da minha viagem ainda, por isso fica mais fácil escrever. A gente optou por ir de ônibus, acho que era mais barato (14,20 euros), embora demorasse um pouco mais do que de trem. 
Demoramos cerca de três horas para chegar na Catânia. Chegando lá nos viramos com as indicações que tínhamos e pedimos informações até chegar ao prédio dos intercambistas. De cara gostei da Catânia, era mais moderna e parecia mais bem cuidada que Palermo.
Bom, achamos o prédio e o apartamento dos intercambistas. Eram cerca de 10 pessoas em um mesmo apartamento, de Twain, Egito, China e Brasil. O apartamento era bem espaço e bom, mas pelo que eu lembro só tinha um banheiro. Tinham mais de vinte intercambistas na Catânia, os outros estavam em um B&B ( Bed and Breakfast) fechado só para eles.
Bom, aquela noite saímos pela Catânia e conhecemos melhor o centro da cidade. Tinham uns barzinhos bem interessantes e uma curiosidade é que junto com cerveja eles no serviram pipoca. Sim, pipoca, nunca tinha visto isso no Brasil.
Sem mais enrolações, no outro dia de manhã acordamos "cedo" para ir para Siracusa. Em um grupo grande como a gente estava fica sempre difícil de se organizar. Sei que perdemos um ônibus e tivemos que esperar pelo próximo. O ônibus para Siracusa custa 8,80 euros e demora cerca de uma hora para chegar lá. Porém, depois de chegar lá, tivemos que pegar mais um ônibus para o centro.
Valeu à pena. Siracusa é uma cidade muito bonita, com muitas ruínas dos povos que a dominaram, como os gregos e árabes, pontes e um porto. 
O tradicional Gelato não pode faltar em nenhuma paisagem italiana!

Entre os pontos que visitamos está o templo de Apollo, são ruínas gregas do primeiro tempo dórico da Sicília. Está um pouco destruído é claro, mas é um pedacinho da história nos nossos olhos. Na foto comigo a Missy, uma Twainesa muito querida!


Outro ponto que chama atenção é a "Madonne della Lacrime" que tem uma arquitetura ímpar. Modelado sobre a forma de uma lágrima, o edifício atinge uma altura de cerca de 90m. É uma igreja moderna em meio a tanta história. A gente ficou muito tempo observando de longe até chegar perto e ver que realmente era uma igreja!

Também vale conferir a igreja de San Giovanni, ou as ruínas dela. Junto há catacumbas, mas não estavam abertas :/

Deixei pro final o lugar mais interessante de Siracusa. Isso que foi o primeiro lugar que a gente foi quando a gente chegou lá. Mas como éramos muitos - e claro tiramos muitas fotos no caminho- chegamos pelas 16h. Só que esse horário o parque arqueológico fecha.Quer dizer, faltavam 10 minutos para fechar. Mas a moça da bilheteria disse que já tinha desligado a máquina e não tinha mais como imprimir bilhetes. 
Foi na base de muito choro, caras tristes e "nunca mais estaremos aqui" que conseguimos pelo menos ver as ruínas gregas. As romanas ficam para outra oportunidade :/ Aí está esse maravilhoso Teatro grego, valeu a viagem! 




Buenas, essa foi nossa viagem por Siracusa, depois desse passeio já estávamos esgotados de caminhar e loucos para voltar para a Catânia. ;) Taormina vai ficar para outro post, pois já me estendi demais por hoje! Beijos ;* e grazie sicilia, por ser tão bela!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Oi?

Nossa, muito tempo sem postar!Foi o final do mestrado, a correria do trabalho, o triste 27 de janeiro. Tudo isso contribuiu para que ficasse difícil escrever. Sobre o dia 27, diversas vezes tentei. Tenho um pouco em uma agenda, que escrevi um dia quando esperava o carro do jornal em uma pauta, um pouco no email...Mas continuo sem coragem de escrever sobre o assunto, parece que não há palavras que consigam expressar, não há explicações possíveis. Só dor, muita dor, ao lembrar de tudo. Um dia que ninguém queria ter vivido e que com certeza ainda marcará as nossas vidas por muito tempo.
Bom, mas voltando ao assunto retorno ao blog, durante meu intercâmbio ( siiim, no ano passado) eu queria ter escrito muito mais do que escrevi. Mas as coisas fugiram do controle e tudo aconteceu muito rápido, meu computador estava com problema de contato para carregar e nas viagens nem dava tempo de pensar em escrever.
Sei que parece tarde demais, mas agora que estou com um tempo livre queria retomar esse projeto. Vou catar as coisas todas das viagens que deixei guardadas em uma caixa ( passagens de trem, avião, entradas em locais e etc) e ver se consigo relembrar essas histórias aqui! Quero que sejam dicas para facilitar a vida de quem pretende se aventurar pela Itália, também vou falar um pouco da Espanha e da Hungria, que também conheci, mas claro que nesse caso mais limitadamente, pois conheci pouca coisa!
Bom, agora vou ver o Carpinejar na feira do livro! Então até a próxima, que provavelmente vai ser sobre Taormina, um lugar de morrer de tão lindo! beeeijos ;*** que saudades que eu estava desse blog!