domingo, 28 de novembro de 2010
"Já dei mil voltas pela cidade,Achei toda força de verdade bem dentro de mim"
Sempre disse que agt não se conhece muito bem, que agt nunca sabe como se comportaria diante de determinadas situações. Eu tenho certeza que não me alimentaria de pessoas mortas,como fizeram aquelas pessaos que cairam de avião aquela vez, para sobreviver. Mas será mesmo que meu instinto de sobrevivência não falaria mais alto nesta hora?
Eu fui um tanto quanto extremista no exemplo, mas o que eu qero dizer, é que pra nós mesmos já é difícil nos conhecermos, imagina para outra pessoa. Esses dias também alguém tava contando que viu o espírito sair do corpo enquanto dormia. Que baita loucura. Mas se tu for pensar a existência é uma baita loucura mesmo. Os sonâmbulos, por exemplo, fazem tudo dormindo. Ou seja, eles não tem idéia do que estão fazendo mas seu corpo está executando movimentos, falas e etc. A mesma coisa quando as pessoas bebem demais, aparentemente elas não tem controle do que fazem. Ou seja, até que ponto agt tem controle?
Se a gente morasse na Índia, teria idéias completamente diferentes do que temos nesse país. Com pais diferentes, talvez preferencias políticas também diferentes. Conhecendo um mestre ou em uma grande situação de desespero, tavez uma outra religião.Então como dizer " eu sou isso" ou " eu sou aquilo". Não, não sou droga nenhuma. Graças aos céus, posso ser uma pessoa em cada momento, pq estou crescendo sempre. Como diria o texto de Marta Medeiros, pessoas interessantes mudam de cabelo, de cidade e de prato preferido. Eu, por exemplo, poderia dizer há anos atrás que adorava strogonoff, o que não como de jeito nenhum atualmente. Mas pq ? Pq por irônia do destino, acho que essa mudança na minha " personalidade" fez com que eu me encontrasse mais perto de mim. E se é tão difícil definir quem somos, a única coisa que importa é a capacidade de se encontrar consigo mesmo, sempre:
"Onde quer que você esteja, relembre de si mesmo, que você é. Essa consciência de que você é deve tornar-se uma continuidade. Não seu nome, sua nacionalidade. Essas coisas são fúteis, absolutamente inúteis. Basta lembrar-se que: Eu sou. Isso não pode ser esquecido. Caminhando, sentado, comendo, falando, lembre-se de que: Eu sou.
Isso será muito difícil, bem árduo. No começo você continuará esquecendo: só haverá uns momentos quando você se sentirá iluminado, então isso desaparece. Mas não se sinta miserável; mesmo uns poucos momentos são muito. Continue, sempre quando você puder lembrar novamente segure o fio. Quando você esquecer, não se preocupe, lembre-se de novo, e aos poucos os intervalos diminuirão, os intervalos começarão a desaparecer, uma continuidade irá surgir.
E quando sua consciência se tornar contínua, você não precisa usar a mente. Assim não há nenhum planejamento, desse modo você age a partir de sua consciência, não a partir de sua mente. Portanto não há nenhuma necessidade de qualquer desculpa, nenhuma necessidade de dar qualquer explicação. Assim você é o que quer que você seja; não há nada para esconder. O que quer que você seja, você é. Você não pode fazer mais coisa alguma. Você só pode ficar num estado de contínua lembrança. Através dessa lembrança, dessa mentalidade, surge a autêntica religião, surge a autêntica moralidade.
Isso é o que os Hindus chamam de auto-lembrança, o que Buda chamou de mentalidade correta, o que Gurdjieff costumava chamar auto-relembrar, o que Krishnamurti chama de consciência. Essa é a parte mais substancial da meditação, lembrar-se que: Eu sou.
Você não precisa repeti-lo na mente, “Estou caminhando”. Se você repeti-lo, isso não é lembrança. Você precisa estar não verbalmente cônscio de que ‘Estou caminhando, estou comendo, estou falando, estou escutando’. O que quer que você faça, o ‘Eu’ interior não deve ser esquecido; isso deve permanecer.
Isso não é auto-consciência. Isso é consciência do eu. Auto-consciência é ego. Consciência do eu é asmita…pureza, somente estar cônscio de que ‘Eu sou’.Geralmente, sua consciência está dirigida para o objeto. Você olha para mim: toda sua consciência se move na minha direção como uma flecha. Mas você está flechado em direção a mim. Auto-lembrança significa que você precisa ter uma dupla-flecha: um lado dela mostrando-se a mim, outro lado mostrando-se a você. Uma dupla-flecha é auto-lembrança." (osho)
terça-feira, 23 de novembro de 2010
"A ruína é uma dádiva"
Olá!
Estive sumida eu sei! E talvez eu continuasse, afinal amanhã de manhã tem gravação de tarde trabalho, academia e inglês. A versão final da mono será entregue na terça.Quando também tem prova, e na segunda a banca de Projeto experimental. Além, do trabalho de foto II. Enfim, acho que já deu pra perceber que foi realmente difícil escrever nos últimos meses.Também pq passei boas horas da minha vida estudando, não sei bem pra que e pq, mas estudando.
Mas hoje foi impossível não escrever! Alguns posts atrás, eu escrevi que não costumava chorar nem por decreto antigamente e que hoje choro até em comercial. Pois é, acabo de passar duas horas e vinte minutos chorando. Fui ver comer, rezar e amar no cinema e bem dizendo, chorei desde que o filme começou.
Hoje na prefeitura alguém tinha me dito que foi ver o filme e que o filme é de "mulherzinha". Acho que bem pelo contrário. Eu não sou "mulherzinha" e me indentifico muito com a personagem, talvez por isso tanto choro. Também pq como já tinha lido o livro sabia toda a história e sabia também que ela tem muito mais profundidade do que o filme é capaz de passar.
Me identifiquei já no começo do filme, quando depois de um relacionamento infeliz ela resolve pedir o divórcio...quando ela toca nos móveis e simplesmente não se reconhece na sua vida. Afinal, ela não tem tudo o que queria ? Não foi essa vida que ela planejou? O que está errado?
Odeio essa história de "tu tens tudo o que tu quer e deveria estar feliz". Acho que a gente pode ter tudo, e estar completamente infeliz. O que muitas vezes, acontece. Não estou dizendo que estou infeliz, mas desde pequena tenho uma ponta de angústia dentro de mim. Não consigo me imaginar acabando a faculdade, tendo um trabalho "comum", morando pro resto da vida na mesma cidade, casando, tendo filhos e "deu". Tá certo, não é simplesmente "e deu", essa vida pode ser uma baita vida pra muita gente. Mas por bem ou por mal, nunca foi assim comigo. Pensar em tudo isso, sempre me deu medo. Sempre teve um sentimento que falou mais alto, de fazer algo diferente, realmente significativo. Talvez conhecer o mundo, talvez escrever um livro, não sei bem.Mas se assemelha e muito com o que a personagem faz. Fica óbvio assim, pq escolhi o jornalismo. Pq achei que seria ele que possibilitaria fazer algo diferente.Talvez eu acabe fazendo como "todo mundo faz", mas pelo menos vou poder dizer: eu tentei.
Não acho que ela foi mulherzinha. Quantos de nós teria coragem de abrir mão de uma vida confortável pra percorrer o mundo em busca de si mesmo, sem certeza nenhuma de que se acharia em algum outro lugar?! Quantos de nós já não passou 10 anos vivendo mecanicamente e nunca tentou se encontrar com "Deus"? ( Seja lá como ele se manifeste).
O amor pode ser uma resposta para tudo no mundo, talvez ele nos traga esse sentimento de que realmente a vida vale à pena. Mas esse amor de marido, mulher e filhos eu imagino na minha vida daqui uns dez anos... Antes dele quero ver tantas coisas, fazer tantas coisas, descobrir o mundo e a mim mesma! Até pq nos relacionamentos que vejo atualmente, o amor que eu acredito não está presente! Não posso acreditar em um amor feio. É isso que costumo dizer para resumir o que acredito que seja o amor: O amor é lindo! Simples assim, o amor é lindo! E todos esse sentimentos feios, não fazem parte do amor, nós que criamos eles: posse, ciúmes, controle, violência, desrespeito, mentira...Não posso acreditar em um amor que controla e que não liberta, não posso acreditar em um amor que não é simplesmente verdadeiro e feliz.
Enfim, acho que realmente a gente precisa primeiro se encontrar, pra depois tentar amar ao outro. Se nós não aceitamos, como aceitaremos o outro? Como nos perdoarmos por não sermos perfeitos e como perdoarmos aos outros?
Eu,por exemplo, graças a Deus ou a minha mente, tenho plena consciência do quanto sou dura comigo mesma, do quanto me cobro, do quanto tento não me acomodar, crescer, amadurecer e evoluir sempre! Obviamente também vou fazer isso com os outros.
Por isso, mais uma vez me debulhei em lágrimas quando alguém na Índia leva a personagem ( embora eu esteja falando "a personagem" é uma história real vale lembrar) à um belo lugar e manda que ela fique ali até que se perdoe por tudo. É fato, quando a gente se perdoa é como se os outros nos perdoassem. E se eles não nos perdoarem, por termos feito alguém sofrer, a única coisa que podemos fazer é desejar luz e paz e esquecer.
Acabei de dizer que me cobro demais. Mas em outra parte que morri chorando no filme, a personagem escreve uma carta para um ex-namorado, onde diz que a "Ruína é uma dádiva", a idéia se repete quando o mesmo "alguém" de antes diz a ela que para subir ao topo é preciso descer lá em baixo. Acredito nisso, só explorando a escuridão, batemos de frente com nós mesmos, com nosso defeitos.Assim, com consciência, podemos aceitá-los e deixá-los ir embora, levar uma vida mais leve.
É na ruína, na descontrução, nessa fase confusa de quem está acabando a faculdade e tem que escolher um caminho a trilhar, um lugar para ir...que a essência prevalece e nós mostra quem somos de verdade e o que queremos. Que pode ser absolutamente nada, apenas nos encontramos com nós mesmos. Deixar a vida ser, aceitar a verdade. E sorrir, com o estômago. Afinal, você pode amar o mundo inteiro!
Vi um sociológo falando uma vez, que para as mulheres de baixa renda o papel que elas desempanham é o de mãe. Elas não tem muitas opções, logo se identificam com este papel na sociedade.Não tenho nada contra filhos, mas como já disse lá em cima, acho isso super saudável e lindo com uns 30 anos, quando eu tiver maturidade para isso. Enquanto isso vou buscando o meu papel. Jornalista? Não, essa é a minha atividade! A minha palavra? Se um dia eu descobrir, eu juro que venho e conto.
Osho, meu mestre amado, para acabar esse post:
"É possível amar o mundo inteiro... O amor nunca deveria ser possessivo... Não deveria ser exclusivo, e sim inclusivo...... As pessoas deveriam amar... O amor não deveria ser apenas um relacionamento:deveria ser um estado do ser... E sempre que você ama uma pessoa, através dela ama a todos..."
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
“Cultivating contentment is crucial to maintaining peaceful coexistence.”
Eu estava bem ansiosa para fazer o programa da Terapia holística. Além de, achar o tema super interessante, a Maitê que trabalha comigo no programa já tinha conhecido o cara e disse que ele saiu decifrando tudo da vida dela. E só acertou. No trabalho com a Terapia holística, como ela lida com energias, é importante que o cara saiba “intepretar”a energia da pessoa, é preciso muita sensibilidade e talvez até um dom prévio. Perguntei isso pra ele nos bastidores, da sensibilidade, e ele falou que às vezes só de ver como uma pessoa anda já dá pra “sacar” a personalidade dela.
Esperava que ele falasse algo assim de mim que nem falou pra Maitê, mas tirando um mísero “te cuida para não ter problemas futuros” na hora de ir embora, não falou nada. Até agora não entendi a mensagem, alguns autores que lá ele coloca que influenciam ele, como o KrishnaMurti e é claro Fritjof Capra. Falei que no meu projeto final também falava da visão holística dentro do jornalismo. Ele disse que seria complicado responder a questão “O que é terapia holística?” pq é uma questão que tem muitas complexidades. Então falamos sobre isso, sobre como é complicado não tratar as coisas de maneira superficial na TV devido ao pouco tempo e também à compreensão de quem olha. No programa de Homeopatia o médico entrou na questão da física newtoniana e quântica. É uma questão muito importante e para mim essencial na compreensão da homeopatia,mas, alguém em casa vai entender ? Tu podes até ser didático e explicar que sempre houveram questões dadas como certas na ciência que com o tempo foram quebradas, e que hoje a física quântica questiona os padrões do que é certo na ciência e trata de questões como a relatividade e energia. Mas mesmo assim será um choque cultural para muita gente tu dizer que conseguiram provar que as moléculas são capazes de andar para o positivo e para o negativo, ou seja, o tempo não é linear, ele pode ser negativo. mas to me cuidando sim. Bom, mas agora pensando bem ele pode ter dito algo de maneira indireta.
Pra conversa fugir do óbvio, falei que tinha entrado no blog dele e que tinha me identificado com alguns autores que lá ele coloca que influenciam ele, como o KrishnaMurti e é claro Fritjof Capra. Falei que no meu projeto final também falava da visão holística dentro do jornalismo. Ele disse que seria complicado responder a questão “O que é terapia holística?” pq é uma questão que tem muitas complexidades. Então falamos sobre isso, sobre como é complicado não tratar as coisas de maneira superficial na TV devido ao pouco tempo e também à compreensão de quem olha. No programa de Homeopatia o médico entrou na questão da física newtoniana e quântica. É uma questão muito importante e para mim essencial na compreensão da homeopatia,mas, alguém em casa vai entender ? Tu podes até ser didático e explicar que sempre houveram questões dadas como certas na ciência que com o tempo foram quebradas, e que hoje a física quântica questiona os padrões do que é certo na ciência e trata de questões como a relatividade e energia. Mas mesmo assim será um choque cultural para muita gente tu dizer que conseguiram provar que as moléculas são capazes de andar para o positivo e para o negativo, ou seja, o tempo não é linear, ele pode ser negativo.
Assim, tu acaba com toda referência que uma pessoa teve a vida inteira. E a saída mais fácil nesse caso para a maioria dos seres humanos é a negação. O que eu considero correto e o que eu tenho como referencial é isso e deu. Meu orientador fala disso em um texto dele, que em uma mundo onde se tem cada vez mais possibilidades, em que na internet tu pode ir atrás de qualquer coisa, em qualquer lugar do mundo, as pessoas buscam as suas referências. Elas podem estar com contato com qualquer coisa, mas buscam os amigos, buscam o que conhecem, levam as coisas da sua vida para a rede. E cada vez mais negam o que seja diferente à isso, ao seu universo comum.
Mas como me disse o cara da Terapia Holística, as pessoas são diferentes e a graça da vida é a justo a troca. Entender e aceitar essas diferenças. E se elas absorverem pelo menos um tantinho do que foi falado, já fico feliz. Pq a grande maioria das coisas que a gente vê ou é tão repetitivo ou é tão superficial que entra aqui e sai ali, não absorvemos nada. Ahhhh, mas serve como “entretenimento”. Ah, sem falar quando não é propaganda .Então hoje acho que a gente tá numa crise e é preciso reconhecer algumas coisas. Jornalismo e entretenimento são duas coisas diferentes.. E pra fazer o que algumas pessoas fazem por aí, não precisa mesmo de diploma.Precisa de diploma pra ir cobrir uma “balada” em que as perguntas são sempre as mesmas? Então não venha nos enfiar lixo goela abaixo querendo dizer que é jornalismo.
Mas não posso ser tão radical. É isso que tenho que aprender e isso foi a coisa que ele me disse no meio da conversa. Começamos a falar sobre as pessoas que tem tudo que querem, mas não são felizes. Ele me disse que essas pessoas não são felizes porque estão indo contra os seus instintos, porque imaginaram que iriam ser felizes com o que quer seja que façam ou desempenham e não são. Às vezes são mimadas, sempre tiveram tudo que quiseram e de repente as coisas não são como elas querem, certas coisas elas não controlam e daí vem a frustração. Mas o que se aplicou ao meu caso é o seguinte: Às vezes as pessoas não aceitam o mundo.Elas não aceitam que ele seja do jeito que é. E tudo que a gente emana volta pra gente. Ou seja, se tu for resistente com o mundo ele será contigo. Conclusão minha, ele tá certo. O negócio é ser mais tranqüilo mesmo. Tranqüilo e não idiota do tipo “Foda-se o mundo é uma merda mesmo”. Mas tranqüilo pra aceitar isso mas ter a certeza que o que tu pode fazer por ti e pelos outros também tu ta fazendo. Mas mudar o mundo, só mudando todas as pessoas. É o que penso do sistema também. Tanto faz o sistema implantado, se os governantes, ou seja, o ser humano, não for justo, a sociedade também não será. Acho que falta muito para que todos queiram só a paz e o amor. Mas queria um dia poder ver isso =) Enfim, contentamento. A vida tem muita coisa linda além de todas as feias. A noite não faria sentido sem o dia, a felicidade sem a tristeza, calor sem o frio e por aí vai...
sábado, 18 de setembro de 2010
Stress faz envelhecer.
O problema é que ele não gosta muito de computador e não tinha conseguido abrir meu arquivo. Acho que ele não me avisou imaginando que eu ia procurar ele lá, como aconteceu ontem. Só que isso aconteceu em meio as gravações, fui lá ver se conseguia falar com ele mas já tinha que sair para uma entrevista. E foi aí que meu mundo desabou. Ele falou que ia corrigir a parte teórica que era pra eu enviar de novo e que era pra eu prosseguir no trabalho. Imaginei que ele ia me liberar para a parte prática. Afinal de contas, no começo do ano ele tinha pedido pra eu fazer pré-observações de anos dos jornais que eu pretendia analisar(2). Acabei analisando mais profundamente umas cem edições de cada um. E fiz a partir daí o texto pelo qual é pra eu sempre me guiar. Depois eu fiz o estado da arte, o referencial teórico e comecei a descrição dos meios. Meu trabalho já tá com 60 páginas sem as embromações de capa, bibliografia e etc. Enfim, achei que era a hora da prática, tem dissertação que tem 100 páginas e se as coisas continuarem nesse ritmo...
Enfim, me enganei. No meio da minha correria ele pediu pra eu analisar mais uns dois anos de edição de cada jornal, dependendo do meu fôlego, mas mais ou menos isso. Análise quantitativa, com algumas referências à enunciados e algumas figuras anexas. Isso acabou me deixando muito nervosa, pq comecei a pensar que semana que vem agt tem que editar o doc. E já vai ser outubro, novembro...e tenho que entregar (além dessas análise tenho que fazer a prática mesmo, entrevistas, análise das rotinas produtivas dentro da redação)....E ainda queria mandar mais um artigo que ele tem que olhar pra mim pro simpósio de pesquisa e extensão q só vai até semana que vem e o pior de tudo: queria que ele me ajudasse a fazer meu projeto. No meio do nervosismo consegui piorar as coisas, deu uma pani na minha cabeça e confundi as datas do projeto. Semana que vem ele estará no Ceará, ou seja, só poderia ser orientada uma semana depois e nas minhas contas o projeto era para mais uma semana.
Amanheci doente hoje, gripada. Fui olhar minhas anotações com calma e vi o erro que tinha cometido de datas e atucanação à toa. Pensando tranquilamente, fica claro que vou conseguir fazer a observação e “dar conta de tudo”. Consegui organizar meu cronograma bem, to lendo/estudando um livro por semana, vou conseguir estudar os 10, fazer o projeto e levar o programa, continuar com as pesquisas...Além, de ir no inglês, no yogalates, me alimentar direito, cuidar de mim! Enfim, sei que esses até dezembro a vida não vai ser tão simples, mas a gente dá um jeito.
No terceiro ano, bem na metade do ano, quando eu tinha que decidir se ia ou não fazer cursinho, pra onde eu queria ir e essas coisas assim, tive outra infecção. Nunca foi pressão dos meus pais, sempre me deixaram o mais leve possível pra eu fazer o que quisesse, agora a mesma coisa. Minha mãe é a pessoa que mais me tranqüiliza, falando que eles vão fazer tudo pra que eu consiga ir para onde eu quiser e fazer o que eu quiser. Meu pai querido me manda sites de intercâmbio por email. Uma viagem, sim uma viagem. Mas breve, meu objetivo principal no momento é me aprofundar ainda mais no jornalismo.
Mas voltando ao assunto doenças. Enfim tudo que eu querida dizer com isso é das ligações da saúde com os aspectos mentais e emocionais. A terapia holística é isso, ela vê a doença não só como um aspecto físico, mas resultado de algum desequilíbrio. O mental e o emocional influenciam no nosso estar bem ou não. Aprendi essa lição. Hoje, por exemplo, domingo, tinha que acompanhar minha querida colega de pesquisas Carol nos questionário que ela vai aplicar às dez da manhã. Típico da minha personalidade, ou seja, se sacrificar, eu iria sem essa reflexão. Mas adianta eu ir lá espirrando dez vezes de cinco em cinco minutos? Não faço melhor para mim descansar minha mente e o meu corpo e me recuperar... Já fui teimosa hj e mesmo doente fiquei estudando pra terminar meu livro, então chega um pouco, descansa ananda, relaxa. Prometo nesse post totalmente auto-biográfico e destinado só a mim mesma, fazer tudo da maneira mais tranqüila do mundo para não surtar nesse fim de semestre. obrigada, obrigada e obrigada!
Beijo.
domingo, 12 de setembro de 2010
" A ignorância é uma benção"
sábado, 11 de setembro de 2010
O que tu és? O que tu gostas? O que tu queres?
domingo, 22 de agosto de 2010
jornalismo?
Mas foi nesse momento de comoção sentimental que parei tudo e pensei " Que diabos de matéria é essa?". Não gosto da Veja pq me irrita uma revista que parece só ter como princípio detonar o PT, não amo o PT mas não me acrescenta muito as reportagens que a Veja faz exageradas e muitas vezes manipuladoras contra o partido. O negócio é o sensacionalismo, transformar uma coisinha em uma baita coisa.
Parei e pensei"Que diabos, o Brasil tá muito melhor mesmo!". O Brasil conseguiu se estabilizar graças ao Plano Real e a economia implantada pelo FHC e o Lula soube utilizar muito bem o período favorável na economia e assim ajudou e muito as populações mais carentes.
E afinal de contas, o Brasil hoje não faz parte do BRIC ( Brasil, Rússia, Índia e China= as maiores economias em desenvolvimento do mundo) ? Tá certo que ainda precisa de melhorias em muitos aspectos, mas tenho certeza que essas organizações internacionais vão depositar esse dinheiro que deixa de vir para cá em lugares que precisam muito mais atualmente. Como a própria matéria citava, em países como os africanos. Ou nós queremos viver pra sempre dependendo de doações do exterior? O Brasil precisa ser auto-suficiente e independente.
Em alguns aspectos. Já na história " A amazônia é nossa" sou contrária. A minha opinião é : a Amazônia deveria ser de quem cuidasse melhor. Talvez precise ser regulamentada internacionalmente, por institutos sérios como Greenpeace, o principal por denunciar a "Farra do Boi". Em um país em que ainda se acha lindo derrubar a principal reserva do mundo para o futuro para colocar Gado no lugar e desertificar o solo, que a bancada ruralista consegue sempre adiar a floresta legal, meus queridos, nesse país em que ainda morrem pessoas que tentam impedir tudo isso, em um país deste, não é possível cuidar da Amazônia direito. E agora quem poderá nos defender?
Nem preciso dizer, assim como os colunistas da TRIP ( essa sim eu gosto) fizeram nessa edição de outubro, eu também já declarei o meu apoio a Marina Silva nessas eleições!
Ai como esse jornalismo é confuso, meu orientador me confude ainda mais,com tantas teorias distintas, tenho descoberto um mundo diferente sobre a comunicação nos últimos tempos. Critérios de noticiabilidade? Esqueçam essa baboseira, o buraco do jornalismo é beem mais embaixo, envolve tanta outras coisas. Pois bem, vou voltar ao estudos, meu coração tá saltitante de felicidade depois que parece ter descoberto um rumo certo. Mas uma conversa nessa sexta-feira com o meu orientador ainda pode mudar muita coisa...veremos =)
beijos, boa noite e bons estudos para mim!
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Onde a brasa mora e devora o breu, como a chuva molha...
Reportagem sobre a Rio Branco.
É não nasci para escrever pequenas matérias ou matérias factuais, gosto da apuração, de contar histórias, de profundidade, dos dois lados da mesma moeda..Enfim, aquilo tudo que acho que deveria fazer parte do jornalismo.
Vídeo da reportagem ( algumas entrevitas, fotos e etc.): http://www.youtube.com/watch?v=4KcI7D4Wyi4&feature=player_embedded
as fotos to com preguiça =)
Rio Branco: a história e os rumos do coração da cidade
Por Ananda Delevati
No século XIX, as rodovias eram quase inexistentes e ineficazes para viagens médias e longas. Assim, a estrutura da Rio Branco demonstrava a preocupação da comunidade em oferecer como portão de entrada ao município para aqueles que chegavam, uma arejada e ampla via, que simbolizava Santa Maria.
Se um dia ela significou tudo isto à cidade, para quem chega hoje a Santa Maria as impressões são as piores possíveis. No presente ela mais se caracteriza por ser um símbolo da decadência do município. O descaso das autoridades e falta de manutenção fez com que hoje todos os problemas do município possam ser vistos nela: bancos e monumentos mal cuidados, luzes queimadas, comércio de inúmeros produtos ilegais, prostituição, consumo de álcool e outras substâncias ilícitas, falta de segurança, descaso, sujeira, poluição, falta de um plano de arquitetura e urbanismo, moradores de rua, entre tantos outros.
A avenida de seu tempo e que ela gostaria de rever, é a rua florida, de árvores podadas mensalmente, arbustos, flores e pedras bonitas, estas últimas ‘juntinhas e brancas como as do Rio de Janeiro’’, conta saudosa dona Estela. A avenida dos sonhos da ex-funcionária pública é na verdade a velha boulevard que era a Rio Branco.
Boulevard? Este é um conceito surgido no século XIX, na França, e inspirou construções de vias públicas no mundo inteiro, entre elas a própria Rio Branco. O termo se referia ao topo reto (passarela) dos muros de cidades medievais, a idéia de fazer uma via ampla com circulação de ar, era diminuir o número de doenças infecciosas ocorridas nos centros urbanos, que até então estavam desordenadas pelo progresso da Revolução Industrial. Também é utilizado para descrever vias de tráfego “elegantemente amplas”.
A avenida Rio Branco tem uma importância histórica inegável para Santa Maria, sua localização parte da área onde se originou a cidade (praça Saldanha Marinho) e tem nas vias perpendiculares, o ínicio do traçado urbano da cidade. Além de hoje não ser mais possível visualizar a bela configuração urbanística e construção arquitetônica tanto em imóveis, quanto em estrutura, fica díficil também de observar as obras de artes que se escondem na avenida. O canteiro central que apresenta difícil visualização é repleto de monumentos, obeliscos, bustos e estátuas que representam e homenageiam diversos ícones e datas importantes pela qual a cidade passou. Ao todo são quinze monumentos escondidos.
Sua configuração urbanística, bela e ordenada, repleta de referenciais arquitetônicos, tanto em seus imóveis quanto em sua estrutura, está totalmente comprometida com a invasão publicitária dos estabelecimentos comerciais.
Além disso, o seu canteiro central era tomado, até o mês de junho, por camelôs e ambulantes, que dominaram o espaço público, impedindo a passagem de transeuntes, bem como a utilização da área para descanso, lazer e a concepção de espaços ajardinados. Complementando, um total desgaste de sua estrutura física, jardinagem e mobiliário urbano determinam a área como um dos locais mais inóspitos da cidade.
“A avenida reflete os problemas do mundo”
Dona Elza, hoje, reclama dos bancos em que não se pode sentar, pois estão podres, e do descaso com a avenida, que para ela é o coração da cidade. Segundo a moradora, se as grandes cidades têm camelódromos fechados, porque isto também não pode acontecer aqui? E ela não está sozinha nesta briga, outros moradores, frequentadores e donos de estabelecimento também reclamam dos camelódromos, um dos principais problemas da avenida, segundo eles.
O gerente de um supermercado localizado nesta área, entre a Vale Machado e a Dauth, Derli Parode Barroso, 59 anos, reclama da localização de seu estabelecimento, que fica próximo a várias casas de prostituição. Segundo ele, as pessoas têm uma imagem negativa da área: “Seria bom se resolvessem os problemas, muitos clientes não se sentem à vontade de vir por causa da vizinhança, ela passa uma imagem negativa e muitas pessoas não andam por aqui”, conta ele. Apesar disto, ele argumenta que procura ter uma relação amigável com os vizinhos.
Enquanto que para uns as famosas casas noturnas atrapalham o movimento, para outros é o contrário. Entre as conversas que tivemos com vários personagens da avenida, um taxista relatou que a prostituição na avenida aumenta o movimento em seu setor, já que há, durante toda a madrugada, pessoas saindo dos estabelecimentos. Segundo ele, sem motivo especial, nos últimos anos houve queda na circulação daquela zona.
Uma janela para a realidade
As obras inacabadas que existem na Rio Branco, foram relatadas por um dono de bar que preferiu não se identificar como um outro grande problema desta parte da avenida. Segundo ele, o prédio enorme e abandonado entre a Francisco Mariano da Rocha e a Rio Branco não foi concluído, pois os acionistas do negócio ficaram sem dinheiro.
Este mesmo homem apontou que uma mulher que havíamos acabado de entrevistar não era empregada doméstica, como havia dito, e sim prostituta. Ela nos contou que já sofreu violência na Rio Branco. “Já fui assaltada, agarraram-me. Com o anoitecer a situação fica pior, fica tudo escuro”, conta ela. A falta de iluminação foi constatada pela nossa equipe, nas proximidades de uma das esquinas consideradas “perigosas” por quem frequenta a Rio Branco. Duas de três lâmpadas estavam queimadas.
Com relação a seu trabalho, Rosdagoberto vende em média 70 a 80 churrasquinhos por dia, porém não acha muito, já que diz que o o vendedor de churrasquinho que fica perto do Carrefour diz vender 200. A história de Rosdagoberto com a rua começou quando ele foi contratado para trabalhar em um açougue. Ele resolveu também vender churrasquinho paralelo ao trabalho. No fim, a ideia deu tão certo que ele ficou só com o churrasquinho. Diariamente ele chega às 18h e fica até às 23h na rua. “Seria melhor se tivesse iluminação, depois que o açougueiro fecha eu tenho que procurar algum poste de luz para ficar em baixo ”, reclama ele. Rodasgoberto explica que nunca sofreu nada ali e não tem medo. O motivo? Ele conhece todas as pessoas que circulam na área. Segundo ele, o atual prefeito em época de eleições passou por ele e prometeu melhorias que até hoje não foram feitas.
“Nem eles não passam na Rio Branco”
Isais Gonçalves Abresch, mas conhecido como Bigode, amigo do dono de uma carrocinha de cachoro quente, costuma frequentar a Rio Branco diariamente para tomar chimarrão. Bigode se define como morador da Rio Branco e um pertencente do centro de Santa Maria. Entre as ocupações que já teve estão as de poeta, joalheiro e funcionário público. Ele afirma que antigamente as pessoas se reuniam na rua para conversar e pegar sol e que hoje isso não existe mais pela falta de segurança: “Não tem como voltar a ser o que era antigamente”. Bigode sente saudades do que era a antiga avenida: “A Rio Branco deveria voltar a ser o que era no tempo da ferroviária. A avenida reflete os problemas do mundo que piorou, como os próprios mendigos. Os políticos abadonaram a rua, não resolvem os problemas, nem eles mesmos não passam na Rio Branco”, reinvindica.
Bigode é amigo de José Luis Lima Pimentel, vendedor de cachorro quente. Ele discorda do amigo: “Melhorou, antigamente era pior, mas continua perigoso”. Para ele não há perigo, argumenta, pois, conhece todas as pessoas que circulam de noite e todos o respeitam por estar trabalhando.
A esperança e a revolta por dias melhores
Otimista com um futuro melhor, o filho do proprietário da Ferragem Rio Branco, Rodrigo Côrrea, 30 anos, conta que a família está com o estabelecimento na avenida há cinco anos: “O movimento aumentou e estamos conseguindo conquistar clientes, pessoas que antes não conheciam estes lados, agora estão vindo”, explica ele. Mas Corrêa não descarta que se houvesse uma revitalização o movimento seria ainda melhor, pois foram prometidas muitas mudanças desde que estão com a ferragem no local, e até hoje nada aconteceu.
O projeto que começou no início do governo Schirmer seria uma volta à avenida dos anos 50 e 60 dos quais os moradores mais antigos tanto sentem falta. Julio Rasquin, presidente do Escritório da Cidade e responsável pela proposta, diz que ela é ousada e que todos os pontos que causam reclamações serão revistos: valorização dos monumento históricos, reconstituição dos passeios e canteiros, requalificação paisagística, novos bancos e iluminação e calçadas com só um padrão.
Giovani Brasil, 36 anos, responsável pela arquitetura e pelo urbanismo do projeto explica que a intenção é deixar o caminho livre e aumentar a visibilidade da via. Segundo ele, hoje a área está muito poluída porque há muito tumulto e confusão visual. A idéia é tirar toda a vegetação baixa que tapa a visão de um lado para o outro da rua e subir a copa das árvores.Também trocar bancos, postes e outros itens da estrutura.
Resgatar as raízes da avenida também é um ponto importante, isso vai ser feito por meio da valorização dos monumentos históricos que se encontram nas três primeiras quadras e também dos prédios históricos. Além disso, haverá uma verba para a manutenção das obras feitas.
O arquiteto comenta que muitas vezes as pessoas não têm nem como andar na avenida. A prefeitura consultou os moradores antigos na tentativa de deixá-la acessível como era nos velhos tempos. “Eles a utilizavam como ponto de encontro de famílias. Até agora o projeto foi elogiado por esses moradores”, qualifica Brasil.
A polêmica dos camelôs e o shopping popular
“ Ninguém pode se adonar de um local público, que é da população”
O arquiteto e urbanista Brasil pensa diferente. Argumenta que as outras administrações foram deixando acontecer fatos que culminaram neste ponto e que os vendedores informais deixam a avenida inutilizada para a população. Considera que seria bom justamente para o povo que isto mudasse. “É como se eu quisesse colocar meu escritório lá, o espaço é público, não pode ser um ou outro seguimento”, argumenta Brasil. Ele conta que o projeto da prefeitura também abrange tirar os vendedores informais das calçadas.
Lugar de Camelô é na Rio Branco ou no Shopping Popular?
Os camelôs argumentam que acham horrível o sistema adotado de disputarem pontos maiores ou melhores por sorteio, segundo eles, ninguém é melhor que ninguém para ter ponto com mais vantagens. Além disso, os pontos maiores custam mais caro. Reclamam também que é um número muito grande de pessoas em um local muito pequeno e que isso pode trazer problemas até para a saúde deles. “Poderiam revitalizar com a gente dentro, nos trocar de quadra então, mas não ir para um local fechado”, justifica o porta voz. Outro ponto levantado pelo primeiro secretário dos camêlos, é que em outras capitais os camelódromos foram construídos sempre a céu aberto.
Mais uma vez opinião das autoridades e dos camêlos são diferentes. Brasil coloca que o projeto é toda extensão da Rio Branco e não uma quadra ou outra, então não haveria como trocá-los apenas de quarteirão.
Um ponto que também levanta debate são os produtos ilegais vendidos pelo comércio informal, como remédios proibidos. O secretário explica que em todo lugar há pessoas boas e ruins, e que eles tentam conscientizar aqueles que vendem mostrando que ninguém lucra com estas vendas. “Eu tento mostrar que traficante nunca acaba bem”, explica.
A avenida Rio Branco Hoje
Finalmente, nos dias 24 e 25 de junho, foram desmontadas as bancas dos camelôs no centro da cidade e agora eles estão localizados no shopping popular. A população espera, agora, que o projeto de revitalização da Rio Branco continue, e que volte a ter a Rio Branco dos “anos de ouro” de Santa Maria.
Os rumos do coração da cidade
A avenida Rio Branco hoje não é adornada somente por casas, prédios e estabelecimentos, mas também por polêmicas. Ainda mais forte que isso é adornada por sonhos, criados por personagens reais das mais variadas idades, com as mais diferentes histórias, que todos os dias deixam suas marcas pelas calçadas, por onde eles também constroem seus futuros.
Pisam no mesmo solo que Getúlio e tantos outros nomes pisaram, nas calçadas que guardam tantos segredos e a história de Santa Maria. São esses personagens que irão ver e viver as mudanças que aguardam a Rio Branco e terão boas ou más surpresas. Afinal, histórias diferentes guardam anseios diferentes para o mesmo local, e histórias reais nem sempre têm um final feliz. Mas no final das contas, um dia, todos nós e todas essas histórias serão apenas mais uma página das tantas que o coração de Santa Maria abriga.