sábado, 18 de setembro de 2010

Stress faz envelhecer.

Essa semana foi extremamente agitada e acabei não tendo tempo pro blog apesar de muitas vezes ter vontade de escrever . No geral minha rotina tá tranqüila, mas essa semana a gente teve gravação do documentário e atividades extras sempre geram alterações de rotinas que complicam um pouco a vida da gente. Pelo menos é só editar semana que vem e deu. Sexta foi o pior dia de todos. Era nosso último dia pra gravar e uma atividade extra me fez acordar antes das sete da manhã. Fui dormir às 4h da manhã, sem intervalos. Isso pode ser normal para algumas pessoas, mas para mim realmente não é. Apesar de desde pequena me envolver em várias coisas, gosto de ter tempo pelo menos pra parar e pensar um pouco e não só reproduzir de maneira mecânica. Podem dizer que eu escolhi a profissão errada, uma profissão sem hora, sem turno e que em muitas casos faz com que a tua vida profissional esteja em primeiro plano e o resto tudo em segundo, mas acho que não. Acho que mesmo no jornalismo existem alternativas para uma vida equilibrada. Fazer informativos e guias de hotéis/pousadas e a temporada da baleira fraca no rosa é um belo exemplo.

Bom, para as coisas ficarem ainda mais caóticas, faziam três semanas que eu não via meu orientador. Ele só tá na cidade nas sextas. Na primeira semana não ia ver ele já estava combinado, tinha o Intercom e ele também estava lá. A partir de então, ele não respondeu mais aos meus emails. Cheguei sexta passada na sala de pesquisa pra tentar falar com ele e a orientanda de iniciação científica esperava desde às três horas da tarde por ele, que estava numa reunião na reitoria. Eram 5h, desisti. Além dela, ele orienta eu e mais dois alunos de trabalho final, além de um doutorando. Todos na sexta. Isso não é uma reclamação, ser orientada por uma pessoa com tanto conhecimento como ele é uma honra, mesmo aos trancos e barrancos assim. E apesar de todo conhecimento e do nome que ele tem na comunicação,é a pessoa em quem até hoje eu vi a maior capacidade de simplificar, chega a ser didático com a gente às vezes.Além de ser super querido.

O problema é que ele não gosta muito de computador e não tinha conseguido abrir meu arquivo. Acho que ele não me avisou imaginando que eu ia procurar ele lá, como aconteceu ontem. Só que isso aconteceu em meio as gravações, fui lá ver se conseguia falar com ele mas já tinha que sair para uma entrevista. E foi aí que meu mundo desabou. Ele falou que ia corrigir a parte teórica que era pra eu enviar de novo e que era pra eu prosseguir no trabalho. Imaginei que ele ia me liberar para a parte prática. Afinal de contas, no começo do ano ele tinha pedido pra eu fazer pré-observações de anos dos jornais que eu pretendia analisar(2). Acabei analisando mais profundamente umas cem edições de cada um. E fiz a partir daí o texto pelo qual é pra eu sempre me guiar. Depois eu fiz o estado da arte, o referencial teórico e comecei a descrição dos meios. Meu trabalho já tá com 60 páginas sem as embromações de capa, bibliografia e etc. Enfim, achei que era a hora da prática, tem dissertação que tem 100 páginas e se as coisas continuarem nesse ritmo...

Enfim, me enganei. No meio da minha correria ele pediu pra eu analisar mais uns dois anos de edição de cada jornal, dependendo do meu fôlego, mas mais ou menos isso. Análise quantitativa, com algumas referências à enunciados e algumas figuras anexas. Isso acabou me deixando muito nervosa, pq comecei a pensar que semana que vem agt tem que editar o doc. E já vai ser outubro, novembro...e tenho que entregar (além dessas análise tenho que fazer a prática mesmo, entrevistas, análise das rotinas produtivas dentro da redação)....E ainda queria mandar mais um artigo que ele tem que olhar pra mim pro simpósio de pesquisa e extensão q só vai até semana que vem e o pior de tudo: queria que ele me ajudasse a fazer meu projeto. No meio do nervosismo consegui piorar as coisas, deu uma pani na minha cabeça e confundi as datas do projeto. Semana que vem ele estará no Ceará, ou seja, só poderia ser orientada uma semana depois e nas minhas contas o projeto era para mais uma semana.

Amanheci doente hoje, gripada. Fui olhar minhas anotações com calma e vi o erro que tinha cometido de datas e atucanação à toa. Pensando tranquilamente, fica claro que vou conseguir fazer a observação e “dar conta de tudo”. Consegui organizar meu cronograma bem, to lendo/estudando um livro por semana, vou conseguir estudar os 10, fazer o projeto e levar o programa, continuar com as pesquisas...Além, de ir no inglês, no yogalates, me alimentar direito, cuidar de mim! Enfim, sei que esses até dezembro a vida não vai ser tão simples, mas a gente dá um jeito.

Essa semana o programa foi sobre Terapia Holística. E pensando bem eu ter acordado gripada fez bastante sentido. Numa hora como essa de correrias, que a gente guarda o sábado pensando “que bom que vem o sábado, vai dar tempo de fazer tudo que tá atrasado” quando vem uma doença tudo muda , a gente pensa “tinha que ser logo agora”. Daí comecei a lembrar de algumas doenças “graves” que tive. A mais “grave” foi uma infecção intestinal, eu tava na sexta série. A professora nos deu um monte de termos de ciência para nós fazermos um “dicionário de ciências”. Era um caderno onde cada página era uma letra com os termos e seus significados, ela deu uma lista grande, mas claro que rolava a competição de quem tinha mais. Eu queria ter muitos, juntei as enciclopédias lá de casa e me pus a escrever. Mas achava que não ia dar tempo. Pimba, fique doente. Tive que entregar bem depois o trabalho.

No terceiro ano, bem na metade do ano, quando eu tinha que decidir se ia ou não fazer cursinho, pra onde eu queria ir e essas coisas assim, tive outra infecção. Nunca foi pressão dos meus pais, sempre me deixaram o mais leve possível pra eu fazer o que quisesse, agora a mesma coisa. Minha mãe é a pessoa que mais me tranqüiliza, falando que eles vão fazer tudo pra que eu consiga ir para onde eu quiser e fazer o que eu quiser. Meu pai querido me manda sites de intercâmbio por email. Uma viagem, sim uma viagem. Mas breve, meu objetivo principal no momento é me aprofundar ainda mais no jornalismo.

Mas voltando ao assunto doenças. Enfim tudo que eu querida dizer com isso é das ligações da saúde com os aspectos mentais e emocionais. A terapia holística é isso, ela vê a doença não só como um aspecto físico, mas resultado de algum desequilíbrio. O mental e o emocional influenciam no nosso estar bem ou não. Aprendi essa lição. Hoje, por exemplo, domingo, tinha que acompanhar minha querida colega de pesquisas Carol nos questionário que ela vai aplicar às dez da manhã. Típico da minha personalidade, ou seja, se sacrificar, eu iria sem essa reflexão. Mas adianta eu ir lá espirrando dez vezes de cinco em cinco minutos? Não faço melhor para mim descansar minha mente e o meu corpo e me recuperar... Já fui teimosa hj e mesmo doente fiquei estudando pra terminar meu livro, então chega um pouco, descansa ananda, relaxa. Prometo nesse post totalmente auto-biográfico e destinado só a mim mesma, fazer tudo da maneira mais tranqüila do mundo para não surtar nesse fim de semestre. obrigada, obrigada e obrigada!
Beijo.

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