segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Nobodysay it was easy...(19.01 - 18:27)

Ninguém falou que seria fácil fazer um intercâmbio. Nem eu queria isso, por isso escolhi algo que realmente achei que ia ser um desafio. Sou líder de um grupo de quatro pessoas, uma da China e dois de Twaian. Só isso por si já seria um pouco complicado. Temos o objetivo de recolher determinada quantia de Euros para uma ONG o que não é pouco. Várias vezes por dia eu penso em desistir de tudo e ir viajar, pois em Palermo tudo é burocrático e difícil. E nós não temos muito tempo. Muitas vezes às pessoas não se esforçam para entender, ou, as que podiam ajudar não ajudam.
Acordei cedo todos os dias dessa semana e cheguei tarde em casa também, mesmo assim as coisas não estão como eu gostaria. Tento ficar calma e pensar que tudo vai dar certo no fim. Que de qualquer maneira essa experIência está me fazendo crescer em todos os sentidos, pois todos o dia é um desafio. Mas ao mesmo tempo me sinto um pouco frustrada, pois não sei se consigo passar para o meu grupo essa vontade que eu tenho de que as coisas dêem certo. Mas para eles parecem que isso não importa muito. Eu sei que tem um monte de pessoas que vão para seus intercâmbio e chegando lá e não fazem quase nada, mas não era isso que eu queria fazer. Eu penso que podia ter ido, por exemplo, para África, para trabalhar diretamente com as crianças, mas eu já trabalho diretamente com isso no Brasil. Então, não era isso que eu queria fazer. Talvez, teria sido melhora trabalhar com Educação, mas isso nós vamos tentar fazer aqui, eu acho.
Além de trabalhar, eu convivo quase o tempo inteiro com o meu grupo. Como eles só falam inglês, eles não conseguem se virar muito bem aqui na Itália, ninguém quase fala inglês aqui. Então, eu tenho que ajudar em tudo, decifrar menus, mostrar caminhos. Quem me conhece bem sabe que às vezes eu preciso ficar sozinha, mas a Chinesa que mora comigo, tem medo de ficar sozinha em casa, ou seja, onde eu vou, ela vai junto. Hoje argumentei com eles, que eles precisam pensar em boas idéias e fazer coisas por eles mesmo, não esperar que eu sempre diga o que eles tem que fazer. O que a gente costuma chamar de pró-atividade. Mas acho que somos bem diferentes. Apesar de um deles ser mais velho que eu, eles trouxeram um monte de coisas como cuples nudlles e bolachinas com desinhos chineses estampados. Eu gosto deles, eu juro que gosto, mas tenho dificuldade de lidar com pessoas que tem dependência de mim. Eu acho que as pessoas se somam, não gosta da sensação de depender de alguém e de certa forma não gosto que as pessoas dependam de mim. Eles pedem minha ajuda para tudo, até para ascender a luz do fogão. E tudo perguntam para mim, onde vamos comer, que horas, que horas vamos sair de onde estamos. A única coisa que eles resolveram se manifestar hoje foi para dizer algo como que achavam que nós não precisávamos trabalhar tantas horas. Eu também gostaria, mas as coisas não são fáceis...Mas enfim, se as coisas não tivessem sendo tão difíceis eu não estaria vendo tanto meus limites, me conhecendo, crescendo.
Agora é dormir e ver se as coisas melhoram amanhã! Vamos com calma. Outra coisa que aprendi, o mundo gira por si só. E nem tudo está em nosso controle.

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